Contra os canhões, um, dois, esquerda, direita. A tropa é um problema. Os militares são um problema. Para o senhor primeiro-ministro. Para o senhor ministro da Defesa. Para os senhores das altas patentes das forças armadas e de cada uma das suas três raças. Para as próprias criaturas sob condição militar e respectivos familiares. Para os civis. Para os objectores de consciência. Para os desertores. Para os veteranos, padeçam ou não de stress pós-traumático. Para os que passaram a qualquer reserva. Para os que saibam pronunciar ou não Pershing II ou campo militar de Santa Margarida. E ainda, o que não é dispiciendo, para o Orçamento do Estado. Daí que, por cá, qualquer passeata para manifestar descontentamento em relação ao que quer que esteja relacionado com as forças armadas seja necessariamente uma marcha de todos nós. Nós, heróis do mar da Palha, dos Sargaços e ainda além da Taprobana, colégio de gentios de fidalga estirpe, pátria intrépida e imorredoura, foda-se. Nicky Florentino.