Is there anybody out there?, i. Segundo a edição de hoje do Público, o senhor presidente do CDS/PP prometeu reagir de modo assanhado se, no âmbito de uma eventual reforma do sistema eleitoral para a Assembleia da República, resultar o que ele entende como “iniciativa legislativa hostil ao partido, que vise resolver na secretaria questões políticas que é o povo que tem de decidir em eleições”. O parlapié da criatura até é sedutor e tal e inclui a palavra povo. Mas é justamente essa inclusão que prova de modo flagrante a insensatez tanto do motivo quanto do argumento da reacção. É que, admitindo a sua existência, o povo não decide. Menos ainda decide em eleições. Povo que é povo é barda e bombarda. Cava trincheiras, amua, vitupera senhores, vinga-se. Não, nunca, decide. Nicky Florentino.