E as boas almas da província e mais além que bem distinguem. Como outrora se julgava que a guerra era competência exclusiva dos machos, ainda hoje há quem julgue que os nubentes têm que ter um aparelho reprodutor diferente. A tropa continua a ser tropa, não obstante agora já existam mulheres aquarteladas, a marchar, a fazer continência e mais não sei o quê. Mas o casamento, se quem casa é do mesmo sexo, é que não pode continuar a ser casamento, isso é que não pode ser e tal, sustentam os defensores da pureza matrimonial clássica. A propósito. A propósito do casamento, distinguir homossexuais e maricas - e os outros -, como propôs a senhora Agustina Bessa Luís - na última edição do semanário Sol -, é filigranar. Quase tanto como distinguir velhas, velhotas, velhinhas e senhoras de idade para efeito de atribuição de pensão de reforma. Dislate de calibre grosso, pois. Mas é com isto que há que viver. O tempo leva tempo. Segismundo.