Capítulo do juízo. Grosso modo, na alocução que tanta celeuma gerou, Bento XVI disse que o juízo é com deus e, portanto, com ele, o juízo, também devem ser aqueles que temem deus. Tirando a alusão à mediação divina, nada a objectar. É que o juízo está para a fé do mesmo modo que os elefantes estão para a cordilheira pirenaica. Às vezes coincidem. Apenas isso. Mas adiante. O juízo recomenda-se, o fio do alfange - por motivo da fé ou do toucinho - não. É assim seja em que circunstância for. Haja deus ou haja o senhor Prof. Doutor João César das Neves ou o senhor Prof. Doutor João Carlos Espada ou qualquer outro filho dilecto ou disléxico do espírito santo. Aliás, a mensagem que o sumo pontífice pretendeu transmitir é tão básica que não se vislumbra a necessidade de citar um imperador bizantino ou um aborígene. Seja como for, a criatura em Papa pode citar quem bem lhe aprouver. Assiste-lhe esse direito, não por assistência ou providência divina, mas por direito escrito pelo juízo e com sangue dos livres. Para além disso, em juízo, de nenhuma citação vem qualquer mal ao mundo. Da fé é que nunca se sabe o que raio de lá vem. É essa a bronca. Segismundo.