Inventário de (in)existências, i. Ela disse o amor é uma ficção. O outro ficou incomodado. O amor... uma ficção?, é uma ficção o caraças, o amor existe, reagiu. E assim continuaram em desacordo, ele quase aflito. De facto, o amor talvez seja uma ficção. Mas é justamente a ficção, porque existe, que lhe empresta realidade. Por isso, uma e outro provavelmente estavam mais em sintonia do que julgavam. O breu da noite e o desvio da cerveja é que já não lhes permitia mais do que o desacordo. Segismundo.