O bom juiz de tribunal decide. Esta pergunta, “qual é o bom pai de família que, por uma ou duas vezes, não dá palmadas no rabo dum filho que se recusa ir para a escola, que não dá uma bofetada a um filho que lhe atira com uma faca ou que não manda um filho de castigo para o quarto quando ele não quer comer?”, foi lavrada num acórdão do Supremo Tribunal de Justiça. Repare-se, o princípio da pergunta é «qual é o bom pai de família que» e não «qual é a boa mãe de família que» ou, tão só, «qual é o pai que». Não adianta acrescentar prosa. A referida pergunta, por si, considerando as concepções subjacentes de paternidade, maternidade e ilustração infantil, é linha torta suficiente.
Segismundo.