Matrimónia. Aqui, neste tugúrio, ninguém conhece a Teresa ou a Helena. Também ninguém está interessado em conhecê-las. É quanto basta saber que elas querem casar e que há um pormenor qualquer que parece estorvar tal intento. Tudo o resto é sem porquê relevante. Porque a Teresa e a Helena, como qualquer outra mulher ou outro homem,
deveriam devem poder casar, conquanto que de modo voluntário e consentido. E devem poder casar com o singelo cerimonial folclórico de qualquer matrimónio. Sem que os daqui, terceiros, alheios ao assunto, ciosos do seu recato e avessos a festejos sacramentais camuflados ou não de civilidade, tenham que ser informados que alguém, seja quem for, pretende casar ou não sei quê. Administração ou instituição que não logra tal reserva, taqueapariu!
Segismundo.