Le monde, les uns et les autres. A liberdade de alguém acaba onde começa a liberdade de outrém. A frase é bonita, geométrica, mas equívoca. Porque a liberdade, porque é um processo pendular entre alguém e outrém, é sem onde definido, sem plano, sem geodesia. Claro que a imaginação celebrada na demiurgia da modernidade sugere uma solução para o problema, afirmando as convenções como decorrentes de um contrato original e suportadas por uma medida única e universal para a arbitragem de eventuais litígios. O problema é que, como notou Lyotard, aquém e para além dos litígios existem os diferendos, conflitos extracontratuais. Para esses não há medida acordada. Sequer há instrumentos ou linguagem comuns. É isto o mundo como ele é, um mistifório. Segismundo.