Porque há sempre alguém que diz não e tal e siga para bingo. No caso do senhor dr. Manuel Alegre, o que é curioso, embora não surpreendente, é a conversa sobre a cidadania. A candidatura foi pequena. A votação lograda não foi maior. Apenas aconteceu balofa. Fossem as condições ecológicas outras - em particular no que concerne à oferta política no boletim de voto - e muito provavelmente não haveria motivo para perorar sobre o mais de um milhão de cruzes desenhadas diante do nome do putativo candidato da cidadania, como se os outros fossem candidatos do jardim zoológico ou do pepino feito pickle. Tal contingente de votos é sobretudo sintoma. Não tanto consequência. Ou, no que tem de consequente, saída política. O senhor dr. Manuel Alegre foi apenas o acidente que fortuitamente abrigou tal indício. Para ser mais do que o que foi era necessário que o caso tivesse maior densidade orgânica. Mas a junta que permitiu a reunião de mais de um milhão de votos sob a sua graça parece demasiado difusa e frouxa para resistir. Os