A improbabilidade do regime enunciado. Para além de não existir, a democracia é improvável. Em Portugal mais ainda. Conferem crédito a esta tese algumas observações. Enunciam-se seguidamente duas, em avulso. Um ror de meses - quase seis - após a votação, ficou a saber-se que, afinal, quem tinha vencido a eleição para a presidência do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas não tinha sido a senhora dr.ª Sónia Fertuzinhos, mas a concorrente, a senhora dr.ª Maria Manuela Augusto. Parecido é o que agora se ficou a saber em relação às últimas eleições autárquicas. Segundo acusou a Comissão Nacional de Eleições - passados mais de três meses sobre a realização dos aludidos sufrágios -, muitos foram os erros de atribuição de mandatos para os órgãos da administração local. O que quer que isto seja, como é óbvio, democracia é que não é. Ainda assim, para sossego, finge-se que é. Pelo que, sobre o chão pátrio, são sobretudo a ilusão e o despudor que sustentam a plausibilidade do regime. Nicky Florentino.