Tangências. O olho esquerdo ainda embaciado, a acordar lentamente da cegueira. A memória, as palpitações, a suspeita. O fingimento que se sabe. Conhece-se a sua coreografia. A encenação da mentira. Tudo repete o seu fim, a respectiva sequência. Mas, no regresso, em casa ainda havia maçãs. O pecado é o mesmo. Quase pela mesma fruta, quase pelo mesmo pão, quase pela mesma carne, quase pelo mesmo sangue. Pelo mesmo engano. Segismundo.