Delirium tremens, i. O senhor dr. Mário Soares faz-nos tremer. Temer não. Disse ele, em entrevista, estampada na última edição da Visão, “Eu nunca fui um homem de poder, fui sempre um homem de liberdade”. Ora, nunca e sempre são advérbios que qualquer criatura imbuída em trambelho deve usar com parcimónia e pejo, embora preferível seja que os dispense. Se não a respeito do resto do mundo, pelo menos a respeito de si mesmo. Porque ninguém, por mais insuflado que seja, é nunca ou sempre o que quer que seja. Nicky Florentino.