Homo homini lupus. No instante da despedida, todas as noites, abraçava-a. Abraçava-a justamente, num empréstimo de inocência ao gesto que o gesto não tinha por não poder ter. Pois dentro dele troava e corria-lhe infrene no sangue o desejo de a morder. Foi por isso que um dia, depois do terno beijo de adeus, até amanhã, lhe devorou a traqueia. O Marquês.