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Albergue dos danados

Blog de maus e mal-dizer 

2005-09-04


Identidade opaca. Fazem-lhe muitas perguntas. Muitas vezes as mesmas perguntas. O cerco parece um universo de incógnitas e dúvidas. Mas a nebulosa de interrogações converge para curiosidades menores, que pouco ou nada revelam sobre ele. Quase ninguém sabe que ele já reparou moto-serras. Quase ninguém sabe que ele já manobrou tractores com as mais diversas alfaias agrícolas. Quase ninguém sabe que ele já voou, literalmente, pela avenida da cidade pequena, perdido entre botijas de gás butano. Quase ninguém sabe que ele cresceu com uma raposa como animal de estimação. Quase ninguém sabe que ele jogou futebol. Ninguém sabe que ele sabia quando o avô morreu lá em casa. Quase ninguém sabe que ele ouve vozes que mais ninguém ouve. Quase ninguém sabe que ele discute futebol. Quase ninguém sabe que ele se desperdiça por paixão. Quase ninguém sabe que ele esteve envolvido nas operações ph. Quase ninguém sabe que ele vai frequentemente ao outro lado e volta. Quase ninguém sabe o que ele ainda faz por amores mortos. Quase ninguém sabe o que para ele vale o riso do Sueco. Quase ninguém sabe do que resultou a cicatriz que ele tem na testa. Quase ninguém sabe o que, pela madrugada dentro, para ele vale a aceleração do jipe do Jaiminho pelos pinhais. Quase ninguém sabe que alguém já esteve a fazer uma entrevista a um tubarão na banheira da casa dele. Quase ninguém sabe que ele já viu veados, Bambis, a comer coelhos, Tambores. Quase ninguém sabe que ele já foi rico. Quase ninguém sabe o que para ele vale o sorriso de uma pessoa que ele não diz. Quase ninguém sabe que, na escola, ele não gostava de ser o bom exemplo. Quase ninguém sabe que ele gosta de utilizar expressões vernaculares. Quase ninguém sabe que ele não é quem parece ser. Quase ninguém sabe o que ele faz. Quase ninguém faz perguntas sobre estes segredos. Provavelmente ele também não responderia. Segismundo.


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