E(c)lipse. O corpo arrefece. Há nele algo mais do que matéria, osso e carne. Não se vê a sua solidão. Não se vê nele a companhia. Apenas se percebem as respectivas distância e proximidade. O corpo arrefece. Continua a arrefecer. Não tem enredo. Não tem amparo. Não quer amparo. O corpo arrefece. Nele dissolve-se o veneno. Não se dá. Também não resiste. Frio, veste-se. Veste-se sem asas. Ainda assim voa. O corpo arrefece. Para, depois, a ressaca, o coice, acontecer como agasalho. Contra o chão. O corpo arrefece. O outro corpo, quente, é apenas o biombo do corpo que arrefece. Segismundo.