Espiral do silêncio. Crescem os adeptos do silêncio na política pátria. Depois de o senhor presidente da República ter sugerido que se calem as vozes que dissertam sobre a crise, veio agora o senhor Prof. Doutor Freitas do Amaral defender que nada há a dizer sobre a política fiscal, pois, como o que tem que ser tem muita força e não há outra hipótese, é o que é e é o que tem que ser. Aliás, segundo o referido fulano, o último, quem se sinta enganado por, durante a campanha de galopinagem para as últimas eleições legislativas, o senhor eng.º Sócrates ter prometido não aumentar os impostos e, depois, ter feito o contrário do que prometera “tem certamente poucos conhecimentos quer de economia quer da vida natural dos povos”. O que seja a vida natural dos povos pouco importa. É coisa esotérica certamente. O que importa, it's the economy, stupid!, é a economia, seja lá isso o que raio for. Pelo que, pretende a criatura, sobre os impostos nada ou pouco há a dizer. Que sobem em caso de necessidade, que descem em caso de possibilidade, é quanto basta saber-se. O resto, chiu!, é