Em casa dos pais dele. Há muito tempo que se instalou a crise. Cada dia é dia da criança. Raramente há iogurtes. Raramente há bananas. Quase nunca há morangos. Quase nunca há queijo. Ou fiambre. Ou presunto. Não há bolachas. Não há chocolates. Não há línguas de gato. Os sumos esgotam-se numa velocidade vertiginosa. A coca-cola e a sevenup também. Os bolos desaparecem. Aos pudins acontece o mesmo. A culpa não é do défice. Não é dos sucessivos aumentos do ImpostosobreoValorAcrescentado. Aliás, a culpa não é de um número. É de um nome. As pequenas bestas devoradoras.
Segismundo.