Prudência e tragédia grega. Uma das propriedades mais admiráveis das gentes circunstacialmente entregues a honras públicas é a sua disposição à prudência. O que é bonito. Uma ilustração desta beleza pode ser encontrada nas recentes declarações do senhor dr. Fernando Ruas, manda-chuva da tribo das senhoras e dos senhores das Câmaras Municipais cá da pátria, sobre as miudezas reforma da tributação do património imobiliário que reverte a favor do erário municipal. Disse ele, “no primeiro ano de aplicação de taxas do IMI, os municípios, em geral, de forma prudente, aprovaram as taxas máximas (zero,oito e zero,cinco), dado o desconhecimento sobre o que poderia acontecer no concreto, como resultado da aplicação da reforma”. Como surge evidente, este raciocínio das prudências foi aplicado a coisas das receitas. A desgraça é que, pela evidência empírica disponível, a mesma doutrina prudente parece ser aplicada em relação às depesas. Ou seja, em caso de dúvida,