Manifesto do partido patriótico. O senhor presidente da República anda entretido com as políticas. Vai daí decidiu rogar espírito patriótico aos parceiros sociais - confederações patronais e sindicatos -, porquanto, no seu juízo, é esse denominador gregário que permite “transformar as incertezas da hora presente em razões de confiança no futuro, assentes na co-responsabilização, no realismo e na solidariedade”. Na prática, o senhor dr. Jorge Sampaio, com um altruísmo impecável, pediu aos representantes de determinados segmentos sociais que abdiquem dos interesses específicos associados à respectiva condição em prol de uma comunidade imaginária chamada Portugal. Que ninguém sabe muito bem o que é, onde começa e acaba. Esse rogo, como é óbvio, tange o limite do patético. Porque o capital e o trabalho são, por serem, sem pátria. Sem espírito. E apenas interesses. Sem pátria. E sem espírito. Nicky Florentino.