A hodierna impotência da política. A política é uma espécie de vão, intervalo, que, sob a ilusão de uma esperança gregária, permite formas de acção com alguma capacidade de condicionamento e orientação das lógicas e das dinâmicas dos processos sociais. Cada vez mais, porém, esse vão, esse intervalo, vem sendo cobardemente apertado a partir de dentro. A relevância dada ao défice orçamental é um exemplo das estratégias de auto-contracção - e de auto-contrição - da potência política. É por isso que, em acto, a política, menos do que uma arte, cada vez mais se configura como uma técnica. De engano. Por e para enganados. Nicky Florentino.
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Ou por outras palavras, a política é cada vez mais uma arte entregue a filhos da puta que fingem não saber o que se passa. Oh, horror, descobriram que o país vai mal. Querida, descobrimos o défice. Se calhar, é melhor chamar o Dr Constâncio para vir cá a casa tratar disto.