A política segundo o positivismo. Auguste Comte, o desgraçado que se lembrou de forjar o nome e o baptismo de uma das maiores inutilidades modernas, a sociologia, tinha a mania de pensar, levado numa espécie de optimismo empírico fatalista. Um dos seus raciocínios redundou nesta sentença, “se é evidente que a ordem política é a expressão da ordem civil, é pelo menos tão evidente que a própria ordem civil é apenas a expressão do estado da civilização”. O que, em termos aplicados, significa que saber o que será o próximo Governo, o décimosétimo constitucional, implica que, antes, se saiba o que é o pátrio povo. E, ainda antes, para se saber o que é o pátrio povo, que se saiba qual é o raio da sua humanidade. É esta a desgraça. Anunciada. Nicky Florentino.