Incesto de Estado. O fulano que foi senhor ministro de Estado e da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, porque “foi muito ajudado e agradece a todos e a todas a ajuda que lhe deram”, concedeu uma medalha qualquer, que só ele podia conceder - ao abrigo de uma discricionariedade inventada para distribuir novas honras -, a uma dúzia de criaturas, entre as quais o fulano que foi senhor ministro das Finanças. Por pudor, suspeita-se, o senhor dr. Paulo Portas não agraciou também o fulano que foi senhor ministro do Turismo. Certamente, no seu juízo, ele também merecia. Pena é que, em função menos de um semestre, não tivesse tido tempo para merecer igual honra. O que quer dizer que, assim, houve uma medalha que permaneceu no estojo. E não foram treze as graças dadas. Porque treze, julgam os supersticiosos, é frequência de maus augúrios. Nicky Florentino.