Aventura no asfalto. O gêéneérre, da brigada de trânsito, apareceu junto à cabine da portagem. E disse-lhe para ele desviar o carro para a zona de estacionamento. Ele assim fez. Queria a identificação dele o gêéneérre. Ele quis saber porquê. O gêéneérre disse que era por obstrução à acção da autoridade. Que obstrução tinha essa quis ele saber. Que havia impedido a circulação de uma viatura da brigada de trânsito da GNR disse o gêéneérre. Ele disse que não, que não podia ser. A única ocorrência que recordava da viagem até ali era ter sido assediado por um carro qualquer, um Opel, cinzento, com umas luzes azuis estranhas a piscar, quando circulava pela Áum abaixo, em ultrapassagem a uma coluna de veículos pesados, à velocidade máxima permitida, oitenta quilómetros por hora. Que isso era o aludido carro da brigada de trânsito da GNR informou-o o gêéneérre. Que não fazia a mínima ideia que carro era esse reagiu ele. E que entendia estranho que, se da GNR, o condutor desse carro pretendesse que ele cometesse uma infracção, excesso de velocidade, pela qual há pouco tempo ele havia sido autoado. Comunicação para ali. Comunicação para acolá. O gêéneérre insistiu no pedido dos documentos de identificação dele. Ele facultou-os. E ao mesmo tempo, ali, decidiu fazer a participação em relação ao veículo com a matrícula tal, por o mesmo, às horas tais, ao quilómetro tal, se ter aproximado perigosamente do veículo que ele conduzia e por o ter pressionado durante algum tempo a aumentar a velocidade para além do permitido. Mais comunicação para ali. Mais comunicação para acolá. O gêéneérre devolveu-lhe os documentos de identificação, pediu desculpa pelo incómodo e desejou continuação de boa viagem. Segismundo.