Do (des)governo que se anuncia. Disse o senhor eng.º Sócrates, “sem triunfalismos, nem arrogância, não queremos a maioria absoluta para desprezar a oposição, nem para deixar de ouvir os outros, nem para não ligarmos ao parlamento. Queremos a maioria absoluta para que Portugal possa ter um Governo preocupado apenas com a governação e possa aplicar um projecto coerente e capaz para que o país possa vir a ter um Governo estável”. Ou seja, sumariando, o senhor secretário-geral da trupe socialista pretende a maioria absoluta para que Portugal possa ter um governo preocupado apenas com a governação, para que o país possa vir a ter um governo estável. Como é óbvio, o trambelho não bate assim. Ou isso ou, então, o senhor eng.º, com a fronha sisuda, quando disse o que disse, estava a gozar com o pagode. O que quer que seja, pudor é que não é. E isso devia ser, ser sempre, franquia, conditio sine qua non, para assomar ao Governo. Nicky Florentino.