Oráculo. Sei já dos teus olhos, é o hábito, a fuga, a esquiva. É essa minha culpa e confesso-a, saber a lenta aprendizagem do que é ou será um dia o inevitável adeus. Por vezes vacilo. Já não sei se espero por ti, se adio enfrentar esse adeus. Já não sei se a espera, o acto desta espera, é um gesto de coragem ou de cobardia. Está frio. Mas ardo. Ardo sozinha, como me sinto. Agora vou dormir. Boa noite. Escreveu-lhe ela. Segismundo.