Mal de amor. Mais do que impressioná-la, ele queria arrebatá-la. Ofereceu-lhe, por isso, uma flor que não é de oferecer. Ofereceu-lhe a vida também. E disse-lhe as palavras que conseguiu. Há gestos e discursos que são declarações de amor. Declarações autênticas. Mas há corações que são esquivos, blindados, apertados por dentro, para os quais nenhum gesto parece ser suficiente. Daí que a vertigem do amor que não merece recipocridade empurre para a loucura, para a dor, para o veneno. E a puta da vida se instale, não apenas provisoriamente, no corpo, o lugar onde começa a ser, por sempre ter sido, desnecessária. Segismundo.