Incêndio. Onde habitualmente dormia não pode ele dormir. O seu quarto é próximo da zona da casa em obras e isso impede-lhe o sono. Foi dormir, por isso, para outro paradeiro. Desgraça semelhante à de ser filho de quem é. É que algures abaixo do chão onde dormia, aconteceu um incêndio, em casa de um vizinho. Origem do aparato da circunstância, fumo, muito fumo, gritos, sirenes, vozes graves, barulho de motores. Afinal ali também não era possível dormir. É nestes pequenos pormenores incómodos que deus se revela a quem suspeita da sua inexistência. Ele, por mania, chama-lhe apenas azar. Nem deus. Nem destino. Segismundo.