Matadores de pedra velha. Existe uma ponte românica em Vilar de Mouros. Já a pisei. Caminhei sobre ela para lá, para as azenhas, caminhei sobre ela para cá, no regresso. E recordo um jantar, o jantar no Retiro da Ponte, com vista sobre o rio e a ponte. Recordo o jantar em memória grave, grave de tão exacta. Sei agora que a ponte, aquela ponte, corre o risco de colapsar e perecer em ruínas. Apetece-me dizer, out of control, e não calo: puta que pariu quem tem as mãos nos bolsos e espera. A ponte é inocente e esperam. Esperam que caia. Esperam quietos. Puta que os pariu. Assassinos. Segismundo.