Pélago. Ela, olha em frente, o que vês? Ele, vejo-te a ti. Ela, desejas-me? Ele, evasivo, não creio que essa seja a interrogação adequada. Ela, ao mesmo tempo de se virava para ele, julgas-me o teu precipício? Ele caminhou para ela, pretendia dar uma resposta mais próximo dela. Mas ela afastou-se, deu alguns passos atrás, e repetiu julgas-me o teu precipício? Ele, não, acho que não, respondeu sem convicção. Ela, então porque me evitas? Ele, porque não quero fazer-te sofrer, depois. Ela, eu perdoo-te. Ele, mas eu não quero ser perdoado, percebes? Ela, não, não percebo. Afinal, julgas-me o teu precipício? ou não? Ele, sinceramente não sei. E, como se fosse em busca da resposta, precipitou-se para ela. Segismundo.