Para além do fim. Acreditas que a amizade sobrevive ao desamor?, perguntou. Perguntas por dúvida? ou por descrença?, quis ela saber. Pergunto por ironia, respondeu ele. Acredito, disse ela, pois, se houver memória, o desamor é ainda um vestígio do amor que foi, é uma forma da sua presença. Mas também pode ser uma forma de iludir a culpa, explicou ela. A culpa?, nisto não há culpa, pretendeu ele. Às vezes há, disse ela. Segismundo.