A noiva. Três da madrugada. O acaso – não há acaso nestes pormenores, dizê-lo acaso é apenas um modo de fingir a decisão – fez-nos entrar na discoteca. Quase ao mesmo tempo entrou uma parelha de noivos, ainda cerimoniosamente trajados. Ela, embora segurasse a cauda do vestido, naquele jeito de rainha improvisada, trazia na face a normalidade, sem o sorriso da sensação plena, sem a aura, sem a felicidade própria de quem vive o dia da sua vida. Estaria triste? ou seria apenas a própria miséria do (f)acto (consumado), do destino a consumi-la?, sem encenação, sem engano. Depois da dúvida, voltei ao black label, com a urgência de quem se afunda no bas fond. Pois há uma lealdade ao memorial do beau monde, à juventude, às paixões, aos excessos que não permite contemplações demoradas. Ou atrasos. Segismundo.