Não escrever. Estou a escrever para não escrever-te. Apenas para dizer a mim mesma que a porta do quarto ainda está aberta e o meu corpo permanece inodoro e indolente. Arde-me a espera, arde-me um fogo que me esgota as demais sensações. Mas espero livre, de vontade. É esse o bálsamo que consigo. Não digo o que quero. Quero dizer o teu nome, ouvir a tua voz e os teus silêncios. Mas não insisto. Vou. A vida não espera. Até logo. Escreveu-lhe ela. Segismundo.