Maria Má olha o espelho. Amarrou o velho à cadeira. Depois compôs a cena. Colocou-o em frente ao espelho alto do armário. Afinou o candeiro e a intensidade da sua luz. Abriu a janela, para que o ar húmido do exterior, lavado pela chuva, entrasse no quarto. Acordou-o com uma bofetada. E, então, com ele desperto, começou a mastigar-lhe demoradamente as orelhas, ao mesmo tempo que se deliciava a ouvir os gritos do velho e a ver a máscara de dor estampada no seu rosto reflectida no espelho. O Marquês.