Idílio sobre sms. Ele recebeu uma mensagem,
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96... (número estranho, não registado no telefone dele)
Tua, aproxima-te.
Remetente:
+35196...
Transmitida:
27-Set-2004
05:02:47
leu-a, escreveu algo mais, pouco, no computador, não demorou, desligou-o, dirigiu-se para a sala, apagou algumas da velas distribuídas pelo chão, deixou acesas apenas cinco, deitou-se sobre os cobertores felpudos, olhou-a, chamaste-me?, perguntou-lhe em sussurro, sim, respondeu ela, fica comigo, agora, pediu-lhe, ele ficou, ela despiu-o, ela despiu-se, envolveram-se num dos cobertores, sem se abraçarem, cada um com a sua almofada, ficaram apenas a sentir os corpos próximos, o vão entre eles, até que ela se aproximou do ombro direito dele, depositou aí a sua cabeça, protege-me, disse, e ele recolheu o braço sobre as suas costas, abraçando-a e emprestando-a ao sono, sob o embalo de Baby Dee,
What was it I knew then
That I let myself forget?
Wasn’t my sunrise you then?
And isn’t this my sunset?
Shouldn’t you have a morning?
Shouldn’t you have a dawn?
Shouldn’t you have a sunrise?
Shouldn’t you have a song?
You can forget me
But forget your sorrow too.
How can my heart let me,
Let me let go of you?
enquanto o vento, autorizado pela janela aberta da varanda, entrava a rasar o chão, mas não encontrava os corpos, por estarem disponíveis apenas um para o outro e para o seu engano, o único, ali. Segismundo.