Amor errante. Chega o desamor, o abandono. A sensação que a vida vai ser impossível sem ela, ela que partiu, ela que fugiu. É preciso rir do facto. Sabe-se que, pela erosão da memória, alguns anos depois quem foi abandonado também rirá. Quem consegue esquecer, quem esquece ri. Mas quem esquece também se engana. Volvidos anos, acontece que, efectivamente, foi impossível a vida sem aquela mulher. É a evidência, a nitidez desse facto que o tempo soterra. E é sobre esse aterro que o erro do amor se faz novamente. Segismundo.