O senhor presidente da República decidiu indigitar um novo primeiro-ministro, dispensando a hipótese de eleições legislativas antecipadas. Fê-lo, no entanto, por motivos e juízos que não coincidem nem com as conveniências dos clubes políticos que escoram o Governo nem com as conveniências dos clubes políticos das oposições. Maior desgraça não pode haver para quem, posto em figura de Estado, chora como se fosse um dos anões da Branca de Neve e julga que a pátria é uma flor de estufa. Ainda bem que até para ele mesmo a decisão teve um sabor amargo. Os mansos não devem ser poupados. Nem por si mesmos. Nicky Florentino.