O Rui apanhou um texto na revista quadrimestral do US Army War College, assinado por um tal Ralph Peters, oficial do exército norte-americano, reformado. O texto é comovente de cabo a raso, desde a epígrafe até ao derradeiro ponto final, sobretudo por ser orientado por um elevado princípio moral, “nothing says that wars of attrition have to be fair”. Traduzido, nas guerras pós-modernas, a tropa fandanga e os marines devem, pum!, pum!, matar cruelmente muitos maus, todos se possível. Se não for possível, zás!, exterminar essa sub-espécie, só há uma segunda melhor solução: pum!, pum!, matar muitos maus para impressionar os restantes e os amigos deles e, pimba!, minar-lhes a moral e a vontade de serem maus. Não há outra via. Ou os maus, tunga!, são mortos ou os maus, pumba!, vêm matar os bons. Ao longo de toda a prosa, é esta clarividência que suporta o argumento do autor. Ainda bem que há bons assim. Com espírito guerreiro. Aliás, se o homem foi feito para guerrear, devemos todos ser capazes de dizer em coro o que o outro disse tomado na sua solidão, "I love the smell of napalm in the morning". Ou isso ou de pão torrado com manteiga. Segismundo.