Por estes dias tem-se falado prolificamente em legitimidade. Ele é legitimidade para ali, ele é legitimidade para acolá. Mas, o que é que raio é a legitimidade? Não há uma resposta. Há respostas. O que significa que a legitimidade é o que é consoante a perspectiva. Por ora, as criaturas dos partidos políticos que compõem o consórcio governamental e aqueloutras que com tais criaturas estão solidárias invocam sobretudo Niklas Luhmann. As criaturas das oposições e afins, essas, invocam sobretudo Jürgen Habermas. Umas e outras, porém, sem consciência desse facto. É isto, pois, o mais próximo que se pode chegar da racionalidade e do espírito santo. Exigir mais é exigir demais. É querer ser como o pai sideral do menino Jesus. Segismundo.