Um homem não é de ferro. E o José, homem que é, confirma a regra. Conforme confessou no artigo estampado na edição de hoje do Público, a fortuna da roda das coisas fez com que ele, em empreitada de galopim, tivesse assistido “a um ou dois jogos de futebol e até a uma corrida de cavalos”. O que significa que se, enquanto ficção que é, o povo é uma entidade medonha, mais medonha é a representação que dele é feita nos intervalos de galopinagem fandanga, que são as campanhas eleitorais. Confiando que os gentios são estúpidos e criaturas alarves, cujo habitat natural são as feiras, os mercados, as romarias, os lares para idosos ou os hospitais, os candidatos dispõem-se a imitá-los, para serem populares, para parecerem povo. O que não se faz, o que não se investe para perpetuar esse engano chamado democracia. Nicky Florentino