Entende o senhor presidente do PND que num cenário em que a abstenção na eleição para o Parlamento Europeu atinja os sessentaecinco por cento se deveria repetir tal eleição. A ideia, embora peregrina, é interessante. Mas pior do que uma outra. A de considerar o contingente abstencionista como tendo direito a representação política em Strasbourg. Se assim fosse, no cálculo da distribuição de mandatos segundo a média mais alta d’Hondt, o número de lugares afectos à abstenção ficariam por ocupar. O que seria provavelmente a reforma que mais garantias de salubridade política do colégio de eurodeputados proporcionaria ao povo, essa mole de gentios iludidos numa ordem. Nicky Florentino.