Dois dos princípios fundamentais do juízo são a diferenciação e a articulação. Ou seja, são condição de tino a faculdade de distinguir e a faculdade de relacionar. Privada ou despojada delas, uma pessoa em pouco é mais do que uma besta. Sob este entendimento, não se percebe, portanto, o argumento do José - inscrito no artigo estampado na edição de hoje do Público -, segundo o qual, na prática, é pouco operativa a distinção entre Ariel Sharon e Israel ou entre George Walker Bush e os EstadosUnidasdaAmérica. É que não há raio de dificuldade em discernir a diferença entre uns, os fulanos, e outros, os países. Pelo que mais sensato surge afirmar que, na prática, pouco operativa - para evitar dizer não accionável - é, isso sim, a aglutinação conveniente de «coisas» tão diferentes. Ou quererá o José fazer-nos crer que, na prática, o senhor dr. José Manuel Durão Barroso é Portugal? e vice-versa? Por mais esforçada que seja a sua hermenêutica e investida seja a sua persuasão, o siso não lhe permite lograr alcance tão longo. Segismundo.