Essa coisa chamada Santa Sé é um epifenómeno institucional a que se justifica devotar alguma curiosidade. É que, para além de aconselhar as senhoras católicas e de bons costumes e actos a não contraírem consórcio com sarracenos – por haver melhor e mais saudável doença para contrair voluntariamente –, recorda a dita casa que nos termos da douta e santa doutrina respectiva os laços e nós matrimoniais são indissolúveis, o oposto do açúcar, portanto. Segundo a canónica doxa, a quem disse sim apenas a morte, provavelmente a forma mais sublimada e tardia de amor, pode apartar. O que faz do casamento simultaneamente um destino e um serviço sem qualquer tipo de garantia. Onde, independentemente do jogo que se tenha na mão ou do naipe de trunfo, se é obrigado a assistir. Ou a perder. O que não é muito diferente. Segismundo.