Escreveu o senhor director do Público no editorial da edição de hoje, “durante longos anos teve-se em Portugal a sensação que existiam dois mundos distintos. Num moviam-se os cidadãos normais; o outro era o mundo do futebol. Neste último acumulavam-se as suspeitas, as acusações, as insinuações, as denúncias concretas ou gerais, mas nada parecia acontecer aos principais protagonistas”. Alto! Se é isto que caracteriza o tal mundo do futebol, o que é que raio o distingue do tal mundo onde se moviam os cidadãos tais normais? Quem não padecer de lapso de discernimento sabe a resposta, nada. O que quer dizer que, a pretender manter-se a afirmação de que há vários, os mundos que existem são outros. Aquele onde se movem os tais cidadãos normais – que é também, indistinto, o mundo do futebol – e o dos outros. Nicky Florentino.