Não gosto que me mintam, disse ela. Mas gosto que digam que me amam, gosto de ouvi-lo, acrescentou. Ele ficou em silêncio, com o olhar quase morto, suspenso na incerteza. Não podia satisfazer-lhe, a ela, os seus gostos, demasiado implicados, excessivamente requintados. Pois dizer-lhe amo-te era mentir-lhe. Preferiu, por isso, o silêncio. Sabia-o melhor tortura. O Marquês.