O José revelou-se indisponível para constar na lista da coligação Força Portugal!. Porém, por superiores razões e razões políticas, disponibilizou-se a participar na campanha eleitoral. Para apelar ao voto na lista de que ele recusou ser parte. Como é óbvio, o que é relevante não é a coerência dos actos, mas a sua coragem. Uma coisa é não transigir, outra, sobejamente diferente, é votar e contribuir para a galopinagem a favor de uma trupe de candidatos que se entendem mal mancumunados. Ora, sendo sabido que o voto é uma forma de poder, de eliminar alternativas, surge evidente que não se vota na candidatura desejada – isso é que era bom –, mas no mal menor. Como está bem de ver, circunstâncias há em que o voto válido é apenas uma forma diferente de voto em branco. Não aquece. Assim como não arrefece. Nicky Florentino.