Eledois tomou um sabre na mão, examinou o fio do gume, apontou-lhes a lâmina e pronunciou as palavras, tu vais morrer. Elequatro correu, fugiu. Eleum sorriu, nervoso. Eletrês começou a chorar, a chorar convulsivamente. Lavravam-lhe as lágrimas a face quando sentiu a temperatura fina e fria do aço traçar-lhe a carne do abdómen. Sentiu um pequeno ardor, primeiro. Observou o sangue liberto, infrene, depois. Caiu de joelhos, ficou curvado sobre o seu ventre, abraçado a ele, tentando segurar as vísceras dentro de si. Prolongou-se a agonia, estendida muito para além do rasgo, do golpe. Mas o seu maior tormento foi não ter conseguido terminar a oração através da qual julgava resgatar o sossego para a respectiva alma. São os pequenos pecados, as faltas sem gravidade, o que mais dói. Falhou, o sofrido. Mereceu. O Marquês.