O José pôs-se a dissertações, uma e outra vez, como em fascículos, sobre o actual uso abundante das expressões «esquerda» e «direita». O problema, porém, não é o do uso abundante. Mas o do (ab)uso indiscriminado. Daí que para se falar sobre a «esquerda» ou a «direita» se tenha que ter consciência do lado para que uma e outra ficam. Pois antes disso o mais provável é que o que se diga sobre uma ou outra dessas bandas não vá muito além do nada de que falaram Heidegger ou Sartre. É assim em geometria, assim como é em política. Aliás, a ciência de uma, a geometria, e a ciência de outra, a política, não são muito diversas. Nicky Florentino.