Havendo quem no cerco do senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa julgue que Machado de Assis ainda paira entre os vivos, não espanta que o executivo municipal da capital tenha decidido comprar um hotel diferente do pretendido para instalar a casa de Eça de Queiroz. O erro é humano. Hotel Bragança é quase o mesmo que Hotel Braganza. E isso de n’Os Maias se referir este e não aquele é um mero pormenor. A história também se (re)inventa. Não custa nada admitir que foi no hotel da rua do Alecrim, e não no outro – da rua Vítor Cordon –, que esteve instalado um tal Eça de Queiroz. Por agora, é mais económico. E ninguém tem de ser assim tão leal ao espírito e às manias dos mortos. Aliás, Chopin, por exemplo, podia muito bem ter composto uns quantos concertos para violino. Segismundo.