O José reproduziu hoje uma das mais simpáticas ilusões políticas, "em democracia, o povo é quem mais ordena". Mas não, o povo não é quem mais ordena. Em democracia, como em qualquer outra modelação política, os poderes é que mais ordenam. E acontece que em algumas circustâncias o povo tem poder, não tanto como escrutinador do futuro, mas como sancionador do passado. O que, convenhamos, no limite, faz com que a faculdade do povo seja mais a influência do que o poder. Ainda bem que assim é. Para bem da própria democracia. Nicky Florentino.