A edição de hoje do Público concede atenção à fome que aflige um número significativo de portugueses. Tal fenómeno não é novidade, sequer é uma descoberta extraordinária. Porém, perante a sua desvelação jornalística, é provável que a generalidade dos apáticos gentios e umas quantas luminárias irão experimentar alguma inquietude. O domingo, dia de ir à missa, é o dia ideal para o ressentimento auto-recriminante. É um sentimento fácil e catártico. Pelo que lá para meados da semana, senão antes, já ninguém terá presente que a miséria habita tão próximo. Segismundo.